A energia do hidrogênio tornou-se objeto de intensa pesquisa, em vários países, e esta nova energia enfrenta, obstinadamente, a difícil situação atual que o planeta atravessa. Na verdade, o escapamento dos carros se tornou o fator mais importante na poluição do ar, especialmente na poluição urbana. Dessa forma, a busca por novas energias limpas assume particular importância para o desenvolvimento sustentável.
Entre as várias soluções, o hidrogênio é uma das mais importantes aplicações recentes, como combustível, para motores de combustão interna.
A descoberta do hidrogênio é atribuída ao químico e físico britânico Henry Cavendish (1731–1810). Cavendish foi o primeiro a coletar e estudar o hidrogênio. No entanto, ele acreditava que a água era um elemento, e o hidrogênio era água com muito “flogisto” (nome dado pelos químicos do século XVIII a uma substância hipotética, que seria liberada dos compostos por combustão ou calcinação, dos quais teria constituído o princípio da inflamabilidade).
Somente em 1782, Antoine-Laurent de Lavoisier (1743–94) esclareceu que a água não era um elemento, mas um composto. Em 1787, ele denominou, aquele gás inflamável de hidrogênio, que significa “produtor de água”, e confirmou que se tratava de um elemento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o cientista alemão Werner von Braun, (1912–77), utilizou o hidrogênio para impulsionar o foguete V2. Muitos anos depois, em 1960, o hidrogênio líquido foi usado, pela primeira vez, como combustível para energia espacial. Em 1970, a espaçonave Apollo 13, lançada pelos Estados Unidos, usou hidrogênio líquido para seu foguete de decolagem. O hidrogênio se tornou, então, um combustível comum na indústria de mísseis. E tudo isso, a partir da V2!
De acordo com levantamento do Departamento de Energia dos Estados Unidos, nos últimos anos países industrializados de todo o mundo têm investido no desenvolvimento da energia do hidrogênio, com aumento anual de 20,5% nos investimentos.
Os EUA sempre deram importância à energia do hidrogênio. Em 2003, o Governo Bush II investiu US$ 1,7 bilhão para lançar o plano de desenvolvimento deste novo combustível e apresentou projetos-chave, como: tecnologia de produção de energia de hidrogênio industrial, tecnologia de armazenamento e aplicação direta dessa energia. Em fevereiro de 2004, o Departamento de Energia dos Estados Unidos anunciou o Plano de Ação para Pesquisa, Desenvolvimento e Demonstração de Tecnologias de Energia do Hidrogênio.
O desenvolvimento econômico do hidrogênio, nos Estados Unidos, passou da fase de implementação sistemática para a fase de avaliação e formulação de políticas. A primeira estação de hidrogênio foi estabelecida, nos EUA, em maio de 2004, iniciando seus experimentos, na Califórnia, um dispositivo fixo de produção de hidrogênio, uma estação de energia doméstica de terceira geração.
Em julho de 2005, a alemã Daimler Chrysler (1998–2007), uma das primeiras empresas de célula de combustível de hidrogênio do mundo, desenvolveu, nos Estados Unidos, com sucesso, o “veículo com bateria de quinta geração”, registrando os dados de viagens para veículos de célula de combustível de hidrogênio, para automóvel. O carro de teste percorreu uma distância total de 5.245km, a uma velocidade máxima de 145km/h.
Estes são, apenas, os primeiros passos rumo a um futuro mais sustentável.
Foto de Toshihiro Gamo CC2